A melhor forma de paralisar o tempo é unir dois fatores importantes: feriado para alguns e trabalho para você e o desejo de ver o relógio marcar 19h do longínquo próximo domingo.
A ansiedade para ver o Super Mengão Fuderosão Doutrinador Master levantar a taça é algo que transcende a básica noção de tempo. Essa semana, para alguns, durará 17 anos, o intervalo desde o último campeonato brasileiro do Mengão. Para outros, como eu, a semana durará 25 anos.
Em 2006, maltratei com prazer a minha garganta entoando gritos eufóricos e histéricos de campeão quando vi, pela TV, o Maior do Mundo sodomizar o bacalhau e levar sua segunda Copa do Brasil. Em 2007, 2008 e 2009 pude me satisfazer com os campeonatos regionais sendo que assisti os dois primeiros no Maracanã. Mais uma vez, minha garganta levou a pior, assim como nossa fiel cachorrada, vice por merecimento.
Agora, estou fazendo aquecimentos e aprendendo novas técnicas vocais. Tenho até às 19h do domingo, final do jogo, para estar preparado. E, de certa forma, já venho me preparando a 25 anos. Durante esse tempo gritei por títulos menores, por belos gols e por inesperadas tragédias. Eu e os demais 29.999.999 milhões de flamenguistas espalhados pela superfície terrestre estaremos com as gargantas prontas para a maior festa desse ainda novo século: o Hexa campeonato brasileiro!
Sim, parece prepotência e arrogância falar assim antes do jogo contra o Gaymio. E é mesmo! Mas não tenho culpa já que nasci em berço rubro-negro e fui mal acostumado com glórias mil. A sala de troféus do Mengão tem o peso equivalente a de sua torcida. Logo, tal como o cômico Marcio Braga, já estou com a festa preparada.
Fico pensando em algumas tragédias que (vi)vi, como, por exemplo, as derrotas para o América-MEX e para o Patético Mineiro, ambas no Maracanã e por 3 tentos a zero. Hoje, vejo que essas derrotas podem ter sido providências de São Judas Tadeu para que o elenco Rubro-Negro mantenha seus pés no chão, mirando esse momento. E isso me conforta. Sabemos, melhor do que qualquer outro time, que o futebol se ganha no campo. E o Flamengo é o melhor exemplo disso.
A cachorrada corintiana jogou provando o que veio fazer no brasileirão: nada. Sentaram e se recostaram em suas cadeiras após ganharem a Copa do Brasil e Paulistinha, no primeiro semestre. No segundo, cumpriram tabela e ficaram vendo o Ronaldunho em campo, satisfeitos. Basta o adversário ser o impiedoso Rubro Negro Máximo que o time quer fazer alguma coisa. Não, o curintias não se entregou. Ele apenas sucumbiu, como tantos outros, a força rubro-negra. Quer algo mais comum do que isso?
De repente, após anos sendo chamado de "Flalido", "Flavelado" e outros trocadilhos de cunho financeiro, o Flamengo se tornou dono majoritário do Google, Microsoft e Apple. Só assim para explicar como um time que passa de “pobre” para comprador de resultados, times e órgão do Judiciário. Adoro ouvir os complôs que o Mengão está criando. É assim que se percebe o quanto todos tremem diante o Maior do Mundo e se negam a admitir a superioridade da Nação. Precisam de algum outro motivo ao invés de admitir a óbvia soberania flamenguistica.
O Flamengo volta a ser, hoje, o norte da bússola. É para onde tudo e todos apontam. E nessa inerte segunda-feira, o mundo acordou feliz e esperançoso. Agora, tudo depende de nós. Não só do time, mas também da Magnética que não se concentrará apenas no Maracanã, mas também nos lares e bares de todo o Mundo. O Flamengo está no topo da cadeia alimentar, pronto para manter o título de predador máximo.
Passarei a semana inteira solfejando o hino, os cantos da torcida e nome dos jogadores. Enfim, me preparando para aquilo que pode ser o maior grito do mundo: o grito de Campeão!
Deixou chegar, FUDEU!
Água de morro abaixo, fogo de morro acima, bola a rolar e o Mengão quando deixam chegar, ninguém segura!!!
1 comentários:
Texto muito legal. Só não gostei da frasesinha final... Meio machista
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