Esperado...

30 de novembro de 2009

A melhor forma de paralisar o tempo é unir dois fatores importantes: feriado para alguns e trabalho para você e o desejo de ver o relógio marcar 19h do longínquo próximo domingo.

A ansiedade para ver o Super Mengão Fuderosão Doutrinador Master levantar a taça é algo que transcende a básica noção de tempo. Essa semana, para alguns, durará 17 anos, o intervalo desde o último campeonato brasileiro do Mengão. Para outros, como eu, a semana durará 25 anos.

Em 2006, maltratei com prazer a minha garganta entoando gritos eufóricos e histéricos de campeão quando vi, pela TV, o Maior do Mundo sodomizar o bacalhau e levar sua segunda Copa do Brasil. Em 2007, 2008 e 2009 pude me satisfazer com os campeonatos regionais sendo que assisti os dois primeiros no Maracanã. Mais uma vez, minha garganta levou a pior, assim como nossa fiel cachorrada, vice por merecimento.

Agora, estou fazendo aquecimentos e aprendendo novas técnicas vocais. Tenho até às 19h do domingo, final do jogo, para estar preparado. E, de certa forma, já venho me preparando a 25 anos. Durante esse tempo gritei por títulos menores, por belos gols e por inesperadas tragédias. Eu e os demais 29.999.999 milhões de flamenguistas espalhados pela superfície terrestre estaremos com as gargantas prontas para a maior festa desse ainda novo século: o Hexa campeonato brasileiro!

Sim, parece prepotência e arrogância falar assim antes do jogo contra o Gaymio. E é mesmo! Mas não tenho culpa já que nasci em berço rubro-negro e fui mal acostumado com glórias mil. A sala de troféus do Mengão tem o peso equivalente a de sua torcida. Logo, tal como o cômico Marcio Braga, já estou com a festa preparada.

Fico pensando em algumas tragédias que (vi)vi, como, por exemplo, as derrotas para o América-MEX e para o Patético Mineiro, ambas no Maracanã e por 3 tentos a zero. Hoje, vejo que essas derrotas podem ter sido providências de São Judas Tadeu para que o elenco Rubro-Negro mantenha seus pés no chão, mirando esse momento. E isso me conforta. Sabemos, melhor do que qualquer outro time, que o futebol se ganha no campo. E o Flamengo é o melhor exemplo disso.

A cachorrada corintiana jogou provando o que veio fazer no brasileirão: nada. Sentaram e se recostaram em suas cadeiras após ganharem a Copa do Brasil e Paulistinha, no primeiro semestre. No segundo, cumpriram tabela e ficaram vendo o Ronaldunho em campo, satisfeitos. Basta o adversário ser o impiedoso Rubro Negro Máximo que o time quer fazer alguma coisa. Não, o curintias não se entregou. Ele apenas sucumbiu, como tantos outros, a força rubro-negra. Quer algo mais comum do que isso?

De repente, após anos sendo chamado de "Flalido", "Flavelado" e outros trocadilhos de cunho financeiro, o Flamengo se tornou dono majoritário do Google, Microsoft e Apple. Só assim para explicar como um time que passa de “pobre” para comprador de resultados, times e órgão do Judiciário. Adoro ouvir os complôs que o Mengão está criando. É assim que se percebe o quanto todos tremem diante o Maior do Mundo e se negam a admitir a superioridade da Nação. Precisam de algum outro motivo ao invés de admitir a óbvia soberania flamenguistica.

O Flamengo volta a ser, hoje, o norte da bússola. É para onde tudo e todos apontam. E nessa inerte segunda-feira, o mundo acordou feliz e esperançoso. Agora, tudo depende de nós. Não só do time, mas também da Magnética que não se concentrará apenas no Maracanã, mas também nos lares e bares de todo o Mundo. O Flamengo está no topo da cadeia alimentar, pronto para manter o título de predador máximo.

Passarei a semana inteira solfejando o hino, os cantos da torcida e nome dos jogadores. Enfim, me preparando para aquilo que pode ser o maior grito do mundo: o grito de Campeão!

Deixou chegar, FUDEU!

Água de morro abaixo, fogo de morro acima, bola a rolar e o Mengão quando deixam chegar, ninguém segura!!!

Slightly different

26 de novembro de 2009
Sometimes life simply start to operate in auto-mode, with every little thing been done at the same time and in the same way. That’s not good at all.

Suddenly, life gets cyclical and that already known déjà-vu feeling seems to be everywhere. And absolutely no news things have that “new” pleasure on them.

That’s my life right now. I’m feeling some fucking thing that I already felt before. And I do not like it at all. Especially ‘cause I know the ending of that bullshit old history.

But what can I do? Don’t know how to shut this insistent auto-mode. So, I guess that I just have to keep feeling the already felt and expecting the past become the present in the near future.

Gotta practice more my english.

Theme song: Darkness, by Disturbed. Will not put the song or the lyrics here. After all, you ARE on the internet. So that should not be a big problem.

Complemento

19 de novembro de 2009
No post abaixo eu falei que não gosto do Correio Braziliense, correto? E, também, sobre a parcialidade jornalística, mesmo numa notícia irrelevante.

Pois bem, hoje, em minhas leituras matinais, comecei a gargalhar com uma frase de uma das matérias do jornal candango na web. Não vou comentar muito pois acho que o post abaixo já expressa a minha opinião. Se não, pelo menos dá uma idéia. Se não der, conclua você mesmo. E se não tiver afim... bem, fazer o que?

Título: Adolescentes cada vez mais violentos

Sutiã: Quantidade de processos de homicídios e de tentativas de assassinatos praticados por menores dobrou em 2009

Primeira e segunda frases do parágrafo inicial: Pedro fumou maconha pela primeira vez aos 14 anos. Aos 17, matou.

Última frase do primeiro parágrafo: A história de Pedro é uma entre centenas de outras.

Link da matéria.

jornalismo....

17 de novembro de 2009
Quando sua empresa decide realizar uma entrevista de emprego para, digamos, estagiários em jornalismo, pode acreditar: aparecerão competentes e incompetentes. Alguns virão de terno. Outros, de camisa social e jeans. Podem pintar também camisas de futebol, de bandas e quem sabe, até um abadá. Mas o fato é que aparecerão vários níveis de profissional.

Como acontece em tudo hoje em dia, se você der espaço para o “povo”, ele utilizará esse espaço. Vide as tão populares ferramentas da internet (Orkut, Twitter, MySpace, Flickr etc). Liberou, geral tá lá! E em cada uma dessas ferramentas estão as duas faces da moeda: os bons e os ruins. Eu, por exemplo, estou “Following” os twitters do Danilo Gentili e do Veríssimo. “Promissores”, pensei. Eu dei um “Unfollow” no Veríssimo há mais de mês. E estou quase fazendo o mesmo com o Gentili. O primeiro falava demais, não tinha saco pra ler tudo. Putz, ele queria um blog! Não dá, né?! E o Rei do CQC é incrivelmente chato, sem-graça, falso-inteligente e cada vez mais arrogante. Mas estou dando outra chance.

Outros Twitters, como, por exemplo, dos Irmãos Brain ou José Rezende Jr. Ou do SAC Divino foram gratas surpresas. Bom número de atualizações, conteúdo interessante e engraçado. Tudo que eu quero.

Ao liberar o acesso, apareceram dois tipos de informações: as que você gosta e as que não. Simples e fácil assim. Claro, o Gentili e o Veríssimo continuam com altíssimos níveis de “Follow”. O que implica no óbvio: há quem goste. Quem não, “Unfollow”.

Toda essa tagarelice é para ilustrar sobre a notícia de uma nova “ferramenta aberta a todos” na internet. O YouTube lançou o YouTube Direct, que é basicamente um canal de jornalismo feito por usuários. E como todo mundo é jornalista (e cozinheiro), é um canal de jornalismo feito por todo mundo.

Curioso é a notícia. Estava no G1 com assinatura da Reuters. O legal mesmo é o tom da notícia. Ela começa com uma afirmação negativa: “Celebridades, tenham cuidado: o YouTube está facilitando ainda mais para que qualquer pessoa com uma câmera transforme o seu comportamento — seja mundano ou sensacional — em notícia.”

Mas não para por aí. O melhor é esse: “Não se trata somente de celebridades, é claro. Muitos portais de notícias procurarão cenas de desastres, por exemplo, ou comportamentos agressivos em encontros políticos.”

Depois de ler a notícia, fiquei pensando não na ferramenta, mas no que havia motivado esse pessimismo com relação à ferramenta e seus usuários. O estranho é que a assinatura não é do G1. Ou seja, a Reuters está inconformada com a abertura do jornalismo. Será? Ela possui sucursal no Brasil, então não sei se é a Internacional que disse forma. Ou será que isso não foi dito e o G1 fez “leves” mudanças no texto?

Interessante assimilar que o que será aberto para tudo e todos, não trará nada além de estúpidos paparazzi, fait-divers ou jornalismo gore.

De qualquer forma, a tão condenável parcialidade que pregam os livros e professores é simplesmente ignorada quando o assunto é algo que lhes afetam. Eu nunca fui a favor da imparcialidade, já que acho isso impossível. Mas sou a favor do bom jornalismo. E isso, dessa forma, por mais besta que seja a notícia, não é exemplo de um bom jornalismo. Talvez devessem esquecer um pouco a queda do diploma e começar a mostrar o motivo dele ser importante.

Ah... quer ler a notícia? É só clicar aqui.

Bolas pra fora

12 de novembro de 2009
Quase nunca entro no site do Correio Braziliense. Não gosto das reportagens. E quando acho que alguma pode ser interessante, o primeiro parágrafo já começa a me deixar impaciente. Além de ter uma coisa que me irrita: as fotos nunca ampliam!

Bem, nas poucas vezes que entrei, vi mais uma das extensões do caso Geisy Vs. Uniban (atualmente mais conhecida como Unibambi e Talibam). Peladões, os (des)ocupados alunos da UnB protestaram no Campus da Universidade. Confesso que não li a matéria. Não consegui. E confesso que quis ver melhor a foto. Também não consegui.

Fiquei pensando nesse caso, ainda muito mal explicado. Primeiro, não concordo com a expulsão da dama de vermelho. Não dessa forma, pelo menos. Se ela era tão problemática, isso já não deveria ter sido feito? O segundo ponto é que não acho a roupa seja imprópria para a faculdade. Cada um veste o que acha melhor. Claro que não é a festa do Latino. Acho inapropriado que apareça, por exemplo, alguém com sexuais roupas sados-masoquistas ou casal com uma mulher na coleira, como rolou na Inglaterra há algum tempo. O que você gosta de fazer em casa não é exatamente uma informação necessária para todos. São padrões sociais que ajudam a manter certo nível nessa sociedade desnivelada.

Andar pelado em casa tem problema? Com as janelas fechadas, não. E usar uma roupa razoavelmente insinuante? Se a pessoa que usa não se incomoda com os olhares poeteiros e/ou de julgamentos invejosos, também creio que não. Porém, torno a insistir na diferença entre um vestido curto e um decote pornográfico. Além de afirmar o óbvio: nada justifica a reação dos Unibambis.

Os alunos da UnB tiraram a roupa. Segundo a reportagem, eles “afirmaram que o protesto era contra o machismo, a homofobia e a favor da liberdade feminina”.

( - Não entendi o argumento, Thiago Marinho, coordenador do centro acadêmico de ciências socias da UnB e um dos organizadores do protesto. Me explica?

- Claro, Thiago de Mello Bezerra, dono desse blog e sem nada melhor pra fazer do que criticar e postar. É o seguinte, “a gente puxou o ato para mostrar que o corpo que a gente usa é uma forma de expressão, que deve ser respeitada. Cada pessoa tem uma forma diferente de se expressar."
- Ah tá. Então é isso. Cada um se expressa da forma que melhor entender já que o corpo é de cada um! E a melhor forma de se lutar contra o machismo, a homofobia e pela liberdade feminina é tirando a roupa!

- Isso mesmo, rapaz! Você aprendeu! Agora, tire a roupa! )

Estranho. Mesmo com a explicação, algo não encaixa. Sei lá... me parece que o problema em relação aos vestido é a liberdade de usar o que quer, respeitando os demais. E não saindo como bem entender, quebrando algumas convenções sociais. Talvez eu esteja sendo quadrado. Afinal, eu não estudei na UnB. Na dúvida, tire a roupa.

Ao que me pareceu, os alunos da Talibam são meio primatas. Quem mais conseguiu ouvir a música de 2001, uma Odisséia no Espaço durante o vídeo?! Eu ouvi claramente. E ainda consegui visualizar um osso na mão dos homens-primatas, ao invés do celular.

Não discuto se a mulher é santa ou não. Não sei. Acho que ela deve, no mínimo, ter feito algo. Aliás, prefiro acreditar que ela tenha feito. É melhor do que imaginar que aquelas “pessoas” simplesmente surtaram ao ver aquele vestido vermelho, como bois tarados de um desenho animado. Seria uma regressão social e humana. Não... ela fez algo! Tomara.

Um futebolzim...
Como bom flamenguista, ontem torci para o Sport! Tive que fazer a minha parte e secar o leitãozinho no chiqueiro. Acabei o primeiro tempo com sorriso de orelha a orelha, imaginando o que o Mengão Fuderosão Doutrinador estaria guardando para o domingo. E mais feliz ainda vendo toda a qualidade técnica do Muricy Ramalho, um deus para a mídia.

O futebol, esse tão valorizado pela imprensa, está cada vez mais ridículo. Palmeiras era o time que tinha quilos de gordura para queimar quando o Luxemburgo estava comandando o time. Saiu. Veio o interino. Ganhou jogos. Também saiu. Para administrar a ponta na tabela e a gordura do porquinho, chamam o Muricy.

Hoje, o Palmeiras está até com a Libertadores ameaçada. Caso o Fuderosão, a bambizada e o galinheiro façam sua parte, o porco se atola ainda mais na lama: fica 4º. No segundo tempo, aquela coisa, igual ao primeiro e igual desde quando o Muricy chegou e igual desde quando o Muricy comandou o São Paulo. Bola pro mato e chuveiro na área. Só que, diferente dos bambis, o Parmera não tem volantes nessa reta final de campeonato. E não tem zaga capaz de segurar a pressão. Tem o São Marcos no gol. Mas uma andorinha só não mata o Leão de chácara rebaixado. Quando subia pra tentar o gol, o Parmera abria tudo. Nos contra-ataques, veio o Sport. Gol e Gol. O que faz o Muricy? Nada! Armou um time, em casa, pra jogar covardemente. Esperando que baixe um Aloísio no Obina e venham as jogadas de pivô e gols de cabeça. Previsível, muito previsível. Claro que os jogadores não colaboraram. Edmilson nem de longe lembra aquele jogador da Seleção ou do Barcelona. O Diego Souza, desde que saiu o Cleiton Xavier, faz nada. Aí fica fácil. O Cleiton chamava a responsabilidade, abrindo espaço para o ex-Mengão. Agora que é ele sozinho, cadê?

Não fosse a expulsão infantil, o Parmera perdia. O juiz deu uma Simon e cagou no lance. Pena pro Sport, que rebaixou. Pro timeco porco, o empate é tão ruim quanto a derrota.

Só como ver como serão os próximos jogos do Melhor Técnico do Brasil.

E pro Mengão, o resultado é bom. Falta só fazer o dever de casa. E como diz a Magnética, cheia de razão: Deixou chegar, FUDEU!