sem paciência para um título...

20 de maio de 2008

Acho que todo mundo que tem um blog gosta, ou se obriga, a ler os posts antigos. Eu também faço isso. E com uma boa freqüência, já que a minha vontade é atualizar o blog toda vez que me conecto. Mas nem sempre tenho assuntos ou paciência para tal. E pra ser totalmente sincero, escrever este post está sendo, ou foi, uma prova de paciência extrema! Acho que nunca fiquei tão tentado a fechar o word sem salvar.

Não sei o que é, mas minha paciência não anda muito presente. Mas não se preocupe, não é com você ou com alguma outra pessoa. É comigo. Somente comigo. Com minhas coisas, meus afazeres, meus sonhos, meu isso, meu aquilo.
Falta paciência para este blog, para outro blog que quero fazer, para o jornalista que quero me tornar, para o produtor que quero ser, pra realização que quero sentir... falta paciência para buscar isso tudo. Não só paciência, mas coragem. E outras coisas.

Tem sido difícil fazer o que sempre gosto de fazer. Na minha pasta pessoal do trabalho, contei 13 posts não publicados. Posts sobre depressão, sobre alegrias, sobre filmes, contos inacabados, sobre futebol, sobre música etc. Em geral, sobre assuntos pesados e leves. Gosto de escrever. Gostaria de escrever mais. Mas chega uma hora que cansa, já que nunca estou satisfeito com o que escrevo. Esse post está no mesmo caminho, mas será, ou foi, publicado. Digo isso para mim. Para me forçar a fazê-lo. Tenho que ficar repetindo, insistindo.

Sabe quando você se vê em um local ou posição que temeu a ficar inteira? Acho que estou chegando neste local. E tenho sentido muito medo. Tento ser uma pessoa segura do que faço, mas quando olho para trás e para frente, vejo que segui e que estou seguindo pegadas conhecidas. Não quero seguir o mesmo caminho e sei que não vou, mas não consigo deixar de pensar no maldito “e se.”

O mais importante é não desistir. Não ter medo de ser visto como um palhaço. Aliás, o mais importante não é “ser visto” como um palhaço. É se sentir um. Tenho que aprender com minhas próprias palavras. Não são os olhos dos outros que me deixam assim. São os meus. O medo de enxergar aquele moleque sonhador que sabia que podia ser tudo, mas que hoje se vê como nada.
Queria uma cerveja agora. E um cigarro. Boa música já estou ouvindo, mas queria que não fosse pelo fone. Queria poder cantar alto e balançar a minha cabeça com muita vontade. Queira que os parágrafos anteriores fossem sobre uma realização ou acontecimento maravilhosos. Mas não são. Mas um dia serão. Quem sabe no próximo post?