Bolas pra fora

12 de novembro de 2009
Quase nunca entro no site do Correio Braziliense. Não gosto das reportagens. E quando acho que alguma pode ser interessante, o primeiro parágrafo já começa a me deixar impaciente. Além de ter uma coisa que me irrita: as fotos nunca ampliam!

Bem, nas poucas vezes que entrei, vi mais uma das extensões do caso Geisy Vs. Uniban (atualmente mais conhecida como Unibambi e Talibam). Peladões, os (des)ocupados alunos da UnB protestaram no Campus da Universidade. Confesso que não li a matéria. Não consegui. E confesso que quis ver melhor a foto. Também não consegui.

Fiquei pensando nesse caso, ainda muito mal explicado. Primeiro, não concordo com a expulsão da dama de vermelho. Não dessa forma, pelo menos. Se ela era tão problemática, isso já não deveria ter sido feito? O segundo ponto é que não acho a roupa seja imprópria para a faculdade. Cada um veste o que acha melhor. Claro que não é a festa do Latino. Acho inapropriado que apareça, por exemplo, alguém com sexuais roupas sados-masoquistas ou casal com uma mulher na coleira, como rolou na Inglaterra há algum tempo. O que você gosta de fazer em casa não é exatamente uma informação necessária para todos. São padrões sociais que ajudam a manter certo nível nessa sociedade desnivelada.

Andar pelado em casa tem problema? Com as janelas fechadas, não. E usar uma roupa razoavelmente insinuante? Se a pessoa que usa não se incomoda com os olhares poeteiros e/ou de julgamentos invejosos, também creio que não. Porém, torno a insistir na diferença entre um vestido curto e um decote pornográfico. Além de afirmar o óbvio: nada justifica a reação dos Unibambis.

Os alunos da UnB tiraram a roupa. Segundo a reportagem, eles “afirmaram que o protesto era contra o machismo, a homofobia e a favor da liberdade feminina”.

( - Não entendi o argumento, Thiago Marinho, coordenador do centro acadêmico de ciências socias da UnB e um dos organizadores do protesto. Me explica?

- Claro, Thiago de Mello Bezerra, dono desse blog e sem nada melhor pra fazer do que criticar e postar. É o seguinte, “a gente puxou o ato para mostrar que o corpo que a gente usa é uma forma de expressão, que deve ser respeitada. Cada pessoa tem uma forma diferente de se expressar."
- Ah tá. Então é isso. Cada um se expressa da forma que melhor entender já que o corpo é de cada um! E a melhor forma de se lutar contra o machismo, a homofobia e pela liberdade feminina é tirando a roupa!

- Isso mesmo, rapaz! Você aprendeu! Agora, tire a roupa! )

Estranho. Mesmo com a explicação, algo não encaixa. Sei lá... me parece que o problema em relação aos vestido é a liberdade de usar o que quer, respeitando os demais. E não saindo como bem entender, quebrando algumas convenções sociais. Talvez eu esteja sendo quadrado. Afinal, eu não estudei na UnB. Na dúvida, tire a roupa.

Ao que me pareceu, os alunos da Talibam são meio primatas. Quem mais conseguiu ouvir a música de 2001, uma Odisséia no Espaço durante o vídeo?! Eu ouvi claramente. E ainda consegui visualizar um osso na mão dos homens-primatas, ao invés do celular.

Não discuto se a mulher é santa ou não. Não sei. Acho que ela deve, no mínimo, ter feito algo. Aliás, prefiro acreditar que ela tenha feito. É melhor do que imaginar que aquelas “pessoas” simplesmente surtaram ao ver aquele vestido vermelho, como bois tarados de um desenho animado. Seria uma regressão social e humana. Não... ela fez algo! Tomara.

Um futebolzim...
Como bom flamenguista, ontem torci para o Sport! Tive que fazer a minha parte e secar o leitãozinho no chiqueiro. Acabei o primeiro tempo com sorriso de orelha a orelha, imaginando o que o Mengão Fuderosão Doutrinador estaria guardando para o domingo. E mais feliz ainda vendo toda a qualidade técnica do Muricy Ramalho, um deus para a mídia.

O futebol, esse tão valorizado pela imprensa, está cada vez mais ridículo. Palmeiras era o time que tinha quilos de gordura para queimar quando o Luxemburgo estava comandando o time. Saiu. Veio o interino. Ganhou jogos. Também saiu. Para administrar a ponta na tabela e a gordura do porquinho, chamam o Muricy.

Hoje, o Palmeiras está até com a Libertadores ameaçada. Caso o Fuderosão, a bambizada e o galinheiro façam sua parte, o porco se atola ainda mais na lama: fica 4º. No segundo tempo, aquela coisa, igual ao primeiro e igual desde quando o Muricy chegou e igual desde quando o Muricy comandou o São Paulo. Bola pro mato e chuveiro na área. Só que, diferente dos bambis, o Parmera não tem volantes nessa reta final de campeonato. E não tem zaga capaz de segurar a pressão. Tem o São Marcos no gol. Mas uma andorinha só não mata o Leão de chácara rebaixado. Quando subia pra tentar o gol, o Parmera abria tudo. Nos contra-ataques, veio o Sport. Gol e Gol. O que faz o Muricy? Nada! Armou um time, em casa, pra jogar covardemente. Esperando que baixe um Aloísio no Obina e venham as jogadas de pivô e gols de cabeça. Previsível, muito previsível. Claro que os jogadores não colaboraram. Edmilson nem de longe lembra aquele jogador da Seleção ou do Barcelona. O Diego Souza, desde que saiu o Cleiton Xavier, faz nada. Aí fica fácil. O Cleiton chamava a responsabilidade, abrindo espaço para o ex-Mengão. Agora que é ele sozinho, cadê?

Não fosse a expulsão infantil, o Parmera perdia. O juiz deu uma Simon e cagou no lance. Pena pro Sport, que rebaixou. Pro timeco porco, o empate é tão ruim quanto a derrota.

Só como ver como serão os próximos jogos do Melhor Técnico do Brasil.

E pro Mengão, o resultado é bom. Falta só fazer o dever de casa. E como diz a Magnética, cheia de razão: Deixou chegar, FUDEU!

2 comentários:

Erica Abe disse...

kkkkkkkkkkkkkkk!
Amei, amigo! Seu melhor texto dos últimos tempos!
Parabéns and "keep going".
PS: O horário da postagem é esse mesmo? caraivei!

Há de ser tudo da lei disse...

Bom demais! Esse é meu garoto!!!