Last Day Dream

24 de maio de 2009
Já disse que sou fã declarado de blogs. Entre os meus favoritos estão o Capinaremos, blog de humor, muito criativo. A série “Fuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu” é hilária. Outro que gosto muito é o Brogui. Um blog de curiosidades, basicamente.

Foi no Brogui que assisti ao vídeo abaixo. Não se deixe enganar pela imagem inicial. E assista com som pois mesmo não tendo diálogos, a música é fundamental (quando ela não é?)

Enfim, assista e diga o que achou! Se identificou com alguma?

Orgulho

21 de maio de 2009
Essa é para os flamenguistas e amantes do futebol brasileiro, o MELHOR do mundo.

O Flamengo perdeu a vaga nas semi-finais para o Internacional, considerado hoje o melhor time do Brasil. A diferença é que o Internacional foi quem quase perdeu a vaga.

No Maracanã, o Flamengo foi soberano, tendo duas bolas na trave, ótimas defesas do goleiro colorado e, como diria Arthur Muhlenberg, uma participação fundamental nos minutos finais do Bruno Yashin The Wall Čech de Souza. O confronto iria para o Beira Rio, onde o melhor time do país teria a torcida a favor.

O Flamengo em momento algum tomou conhecimento disso. Dominou, avançou e não se acovardou como times de técnicos retranqueiros e filosofias de “contra-taque”. O Flamengo foi o Flamengo, aquele de 78. Raça, paixão e futebol. Infelizmente, desta vez não tivemos um Rondinelli para dar início à nova época de ouro. E o problema do Mengão nesses últimos anos tem sido a falta, não somente de um Rondinelli, mas de um Zico, Romário, Gamarra ou até daquele Dejan Petkvic de 2001 e seu gol silenciador de viceínos aos 43 do segundo tempo. Não precisamos de um time todo de estrelas, como em 81, mas apenas de um a mais. Aquele que faço O gol (Rondinelli). Aquele que pule com a cara na bola, que está ao chão, tirando-a do pé daquele Zé Qualquer que iria chutá-la (mais uma vez, Rondinelli).

O que a grande maioria não entende, é que o Flamengo é raça. Não importa termos como adversário, o melhor time do país (que, graças ao Flamengo, foi provado que é apenas um outro time qualquer), nós temos o Manto Sagrado, A torcida e a história.

Quando o jogo terminou, fiquei triste. Mas, parando para refletir, o Flamengo, esse das inúmeras dívidas, brigas internas, gestões de má fé, bombas em treinos e tudo mais que a imprensa adora martelar, provou que aquele gigante nada mais é do que alguém na ponta do pé.
O Flamengo, no entanto, mostrou para que veio: dar trabalho. Não estou dizendo que iremos ganhar o Brasileirão, mas depois desses últimos jogos, não duvide.

O Flamengo me encheu de orgulho, mesmo errando em lances simples que culminaram na derrota. Mas provou que é um time de respeito. Um time do Brasil e seu futebol de excelência. Caímos de Pé. Fizemos um Jogão. Fomos Gigantes. Jogamos muita bola e também merecíamos a vaga. Fomos Flamengo, como sempre.

A cabeça

18 de maio de 2009

A cabeça pensa o dia todo, embora não queira. Está a mil por hora, mas de segunda marcha. Em qualquer momento, POW! Tudo pelos ares. A cabeça está aí, fazendo o que tem fazer, mesmo não querendo.

Essa noite, a cabeça tentou criar um mundo de perfeição. Porém, o único detalhe que separava a perfeição da mesmice. Era o fato da cabeça saber que aquilo não era real. Mesmo assim, tentou. Enquanto estava com suas janelas das almas fechadas, a cabeça criava uma ilusão de música, amigos, filmes e cerveja. Mas não havia como abandonar o real e a cabeça sabia disso.

Estava lá, tudo de bom. Mas o ruim insistia em atrelar-se. E veio o medo de arriscar, a insegurança para falar, a fria sensação da indiferença, o calor do mais puro ódio e algumas lágrimas de saudade, obviamente. E a cabeça a mil, forçando, tentado desligar a realidade, criando imagens belíssimas, aproximando pessoas distantes e aumentando o som até o talo.

Ainda assim, não conseguia. Pois parte da cabeça se obrigava a pensar que as coisas não eram daquele jeito. Que o mundo não funcionava naquela perfeição, que a música nunca seria tão boa e alta, e que pessoas não ficarão juntas para sempre. Maldita cabeça racional, sempre funcionando. A cada dia que passa tomando um pouco mais de lugar da cabeça que sonha.

E então acabou. O motorzinho não agüentava mais. Ele não fundiu, ele explodiu, destroçando e carbonizando os sonhos daquela cabeça, que abria suas janelas para ver que o mundo continuava o mesmo, não adiantando o seu esforço em tentar criar um melhor. As pessoas que com tanto esforço ela juntou, se foram. Nada mais que a cabeça criou, estava lá. E ela sabia que não adiantava tentar, nada mais seria o que foi. Bastava repousar e perceber que, mesmo desejando, ela tomaria outros rumos e, nenhum deles seria aquele que ela queria. Acabou.

Então a cabeça repousou e dormiu. Desistiu de parar de sonhar e aceitou que a realidade é imbatível e implacável. Seja sonhando ou não.

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?