Rápido pensamento

17 de novembro de 2005
A vida inteira me fez pensar, no que faço aqui nesse lugar, se sou eterno ou mortal, louco ou normal.
A partida é uma questão de atitude, como um copo cheio pronto para transbordar, uma única gota de água, pode fazer a existencia definhar.
Posso ir ao céu ou o inferno, como belo ou maldito, como homem em conflito ou como um mero desperdício.
A vida me trouxe e dela eu me despeço, só, frio e aflito.

Preocupação

Aiaiai...

Não é fácil. Até agora só escrivi coisas sobre ficar em casa... mas é isso que dá o que que escrever! Aqui, por causa desse ócio, talvez, criativo é onde mais penso.

Cheguei a uma pergunta importante... quando a vida não está boa, podemos escapar dela????????? Não me perguntem se a vida está boa, pois a minha é, e nem se quero escapar, pois não quero... mas... talvez quem me conheçe um pouco mais, saiba de quem estou falando!

É chato, eu quero acreditar que tudo está resolvido... mas não consigo. Meu lado racional sempre entra em conflito com o emocional... é triste. O medo de ter um mero dejá-vou (é assim q escreve?) já me deixa petrificado! E toda hora eu tenho um...

Acho q na última segunda eu assisti o filma O Lenhador, com o Kevin Bacon em uma das suas melhores atuações!! Em determinado momento do filme, ele pergunta ao seu terapeuta se um dia ele vai ser normal! O terapeta pergunta de volta: "O que é ser normal para você?". Por mais tola que parece a pergunta, ele é incrivelmente interessante... a normalidade é uma coisa para cada pessoa, e hoje eu cheguei a minha definição de normalidade! Incrível, mas o melhor de tudo é que eu não me sinto nem um pouco bem com minha definição... ela somente significa que eu nunca vou ser "normal" e que tenho que me acostumar com isso. É chato, mas acontece!

Mais um dia

16 de novembro de 2005
Mais um dia em casa... é! Bom? Sim, claro! Mas pode não ser também!

Nesse exato momento estou ouvindo FRANK ZAPPA - JOE'S GARAGE!. Cacete, é muito bom... claro que qnd alguém ler isso, não estarei mais ouvindo... ou talvez esteja, mas esse momento já é passado! Grande merda... e daí?!

Mas falemos de algo diferente. Um dia desses eu assiti ao filme O Jardineiro Fiel, dirigido pelo Fernando Meirelles. Vale a pena, viu?! Muito bom... o enredo de conspiração internacional que ronda o filme, acaba se tornando num coadjuvante diante tantas imagens de um mundo que conheçemos, mas não vemos e tampouco entendemos e sequer conseguiríamos. Imagens de países africanos, suas cidades, seus adultos e crianças, vivos e mortos, choros e esperanças e risos. Lindo e triste... qnd assistia o filme, eu me lembrava da exposição do Sebastião Salgado que fui quando estudava no ensino médio. Aquelas fotos que fizeram tantas amigas minhas e pessoas desconhecidas chorar e se comover com as imagens reais e, pq não, surreais que foram captadas pelo filme de uma máquina. Estranho, né?! As imagens são tão lindas, mas são imagens de uma realidade tão bizarra para nós. Como podemos apreciar uma foto dessas? É pq nós apreciamos a iluminação? A granulagem da foto? O foco? A simetria? As linhas de leitura? Não, não é isso. É claro que são fotos muito bem "tiradas", do ponto de vista fotográfico.

Isso está além da nossa realidade... essas imagens não são reais, são representações. Talvez seja por isso que apreciamos uma foto dessa. São realmente lindas, e nos fazem pensar, e só! Pensamos... pensamos... uma lágrima escorre, um nó na garganta é formado.... e pensamos. Ao sair de um filme desses ou de uma exposição assim, o pensamento simplesmente de desfaz e se torna uma boa lembrança de humanidade e que, uma vez, sentimos. Fizemos a nossa parte em ver e nos emocionar! Somos, enfim, humanos... belos e malditos.

Não sei o que sentir com tudo isso... essa beleza é exposta e apenas pensamos nela como um reality show, onde a vida é daquele jeito e não podemos fazer nada, a não ser torcer por fulano ou ciclano. Eu gostaria de torcer era o pescoço de algumas pessoas que passam nesse reality show... o Supla acho que está em primeiro lugar!!! Nada a ver, né?! Mas só para dizer mesmo.

Digo, com toda sinceridade, que não sei onde queria chegar e nem sei para onde estou indo com esse texto, já que começei a escrever sem nem pensar... e nem prefiro ler para revisar pq não irei gostar do que escrevi e acabei deletando.

Fica um abraço e beijo!

Dias em casa

10 de novembro de 2005
Se pensarmos o quanto pensamos quando estamos em casa, acho que a conclusão pode ser assustadora! Muito ou pouco?! Ótima pergunta... talvez uma até melhor: pensamos ou PENSAMOS?! Deu para sacar?

Depois de sair do meu estágio (e aqui fica um abraço para os meus amigos do Sesi/Senai), obviamente tenho ficado bastante em casa. Leio, durmo, assisto filmes, escuto música, jogo videogame, coço... enfim... tudo que se pode fazer em casa! Qual o proveito disso? Bem, sei que no Winning Elevem 9 eu melhorei!!!

É estranho como sempre, alguém fala que precisa de um tempo para si... eu SEMPRE digo isso. Digo que o ser humano precisa, de vez em qnd, ficar só para colocar os pensamentos em dia e adiante. Pois agora estou só e não sei se fiz nenhum progresso quanto meus pensamentos, por exempo. Sei que penso, logo existo... mas percebi que existo, independente do pensar e que grande parte dos homens são assim. Nós existimos! Pura e unicamente... mas é só?! Vivemos e morremos?! Poucos são os que fazem isso! Nós existimos e deixamos de existir... em curtos momentos da vida nós respiramos como verdadeiros seres humanos. Nas risadas verdadeiras, nos choros angustiantes, na saudade que nos fere, seja o que e como for, são esses momentos em que nos destacamos como seres humanos com sentimentos, que a a cada dia, está mais longe de nós. Os sentimentos que reprimimos nos abandonam e levam consigo, o resquício de humanidade que tinhamos ou que poderíamos, um dia, ter.

Será que esse tempo em casa me fez pensar? Tenho que dizer que não sei. Talvez eu tenha pensado e não raciocinádo. Ou talvez seja o contrário ou ambos ou nenhum dos dois. Mas uma coisa é certa... só não sei qual, mas deve haver algo!

Beijos e abraços!!!