Não é muito justo que o ano termine e Zombieland (ou Zumbilândia) não estreie no Brasil. Deixaram o cinema ficar a mercê de vampirinhos românticos e alguns lobisomens que pareciam pastores alemão. E claro, todos sem camisa.
Ficou faltando algo em 2009, que foi um ótimo ano cinematográfico. Assisti a poucos filmes no telão da sala escura, mas dá para destacar alguns pontos altos como Up!, a (pelo menos até aqui) obra-prima da Pixar. E estreou Avatar também, que deve revolucionar o 3D. Infelizmente, estamos muito longe do ideal para assistir esse filme. Apenas SP e Curitiba possuem o cinema necessário para ver o filme da maneira como foi projetado. Nós, de Brasília ou qualquer outro lugar, teremos que nos contentar com uma película em 35 mm, o padrão. Uma pena, já que o filme merece ser visto não pela sua história, mas pela a tecnologia usada.
Além disso houve a volta do Tarantino com Bastardos Inglórios. Não vi o filme, mas é o Tarantino, caceta! Não precisa de mais do que isso.
Lars Von Trier também fez história. Para sair de sua depressão, resolveu agredir os críticos e os certinhos com o AntiCristo. Não vi por que o cinema de Brasília é uma vergonha. Procurei uma sala com o filme por semanas. Não achei. Porém li inúmeras resenhas, assisti a muitas cenas, li entrevistas com os envolvidos na produção e a opinião de muitas pessoas que assistiram ao filme. Uma delas disse que Irreversível parece Bambi depois da agressão de Trier. Precisa de mais?
E várias outras obras que devem ser ótimas, mas que ainda não assisti como (500) dias com ela; Tá chovendo Hamburger; Monstros Vs. Alienígenas; Aconteceu em Woodstock (Ang Lee é o cara); Os Fantasmas de Scrooge; À Deriva; Brüno; O Fantástico Sr. Raposo (Wes Anderson na animação? Vale a pena conferir!); Se Beber, Não Case (queria saber quem é o mané que escolhe os títulos no Brasil!); O Mundo Imaginário de Dr. Parnassus (Esse filme deve ser foda. Pra suprir a carência da morte de Heath Ledger, chamaram o J. Depp, C. Farrel e J. Law. Sem contar qie o filme é do Terry Gilliam); Inimigos Públicos; Garota Infernal (Diablo Cody e Megan Fox... vale a pena! rs); A Mulher Invisível etc.
E tem os que vi, como Watchmen (ótimo), Sexta-feira 13 (ótimo também), A Era do Gelo 3 (adivinha?). E um destaque para a volta de Sam Raimi para o mundo trash com o divertido Arraste-me para o Inferno.
Porém mesmo com todos esses filmes, contemplados ou não por este que vos escreve, faltou um filme. Na verdade, um tema. Faltou o mais alto predador da cadeia alimentar: o bom e velho Zombie!
Foda! Zombieland estava marcado para começo de dezembro. Sem qualquer motivo, como de costume, a distribuidora mudou o filme para janeiro. Aí, apesar de todas as ótimas obras citadas acima, o cinema foi dominado por vampirinhos sarados. Nem mesmo o Deixe Ela Entrar, filme de vampiro aclamado na’Zoropa, não recebeu muita atenção. É claro, o vampiro jogou sem adversário. Assim não vale! Aí, fica o site da Globo fazendo uma votação dos melhores do ano e em todos a vampirada está presente!
Faltou só isso esse ano. Faltou um predador de verdade nos cinemas. Nada desse bichinho amoroso, desbotado, afeminado, com medo de estaca, alho e sol. Diferente dos Zombies que temem nada!
Foda ser dominado por eles. Afinal, vampiro nada mais é do que um zombie viado!
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Há 9 anos